por Marcos Paixão...
Mais tarde quando Heitor chegou a seu apartamento, levou a chave na fechadura e, cuidadosamente abriu a porta, fechando-a sem fazer barulho, viu que a mesa estava preparada com um belo jantar. Havia várias velas acesas de tamanhos diferentes. Parou frente à mesa dando um sorriso maroto. Foi então que percebeu, vindo do corredor que dava à cozinha, Glenda em meio a pouca luz com um leve e insinuante sorriso. Na mão ela trazia uma taça de champanhe cheia até a borda. Estava perigosamente atraente e encantadora. Deu mais alguns passos, e parou bem à frente de Heitor insinuando com um olhar direto em seus olhos. Era um olhar cheio de desejo. Heitor fitou Glenda e viu o quanto ela estava irresistível. Vestida com um longo vestido preto e um decote nada discreto na altura dos seios e outro mais ousado nas costas. Seus vastos cabelos negros estavam soltos e se mexiam provocantemente com uma pequena corrente de ar vindo da sacada. Encostou os lábios no ouvido de Heitor e deu uma leve mordida deslizando-os pelo rosto até chegar calmamente em sua boca, mas não o beijando. Olhando-o nos olhos, ergueu sutilmente a taça até a sua boca. Heitor bebeu e, com desejo incontrolável, agarrou Glenda pela cintura apertando-a contra seu corpo. Glenda sorriu, passou o braço por trás do pescoço de Heitor beijando-o com voracidade.
Após o beijo, ela pegou sobre a mesa outra taça que já estava cheia entregando-a para Heitor que a olhou com desejo, levantando a taça propondo um brinde. “Saúde...” – Heitor segurou a mão de Glenda fazendo-a rodar e, devorando-a com os olhos, falou: Você está perdidamente encantadora... Ou melhor, sensual. - Em seguida Glenda abriu um sorriso sem deixar dúvidas sobre a sua intenção. Heitor bebeu um pouco do champanhe e colocou a taça sobre a mesa, e, educadamente, puxou a cadeira para que ela pudesse se sentar. Pegou a garrafa e completou as taças. Seus olhares insinuavam outra coisa e o jantar acabou por não acontecer. Simultaneamente os dois se levantaram e, entre beijos e abraços, esbarrando nos móveis, foram se agarrando até o quarto e se jogaram sobre a cama.
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